Definitivamente não nasci para ser o mocinho,
O tolo apaixonado que luta pela donzela indefesa...
Me cai melhor o papel de anti-herói, o cínico,
O sem coração que ouve um "eu te amo" e ri.
Dispenso os tapinhas nas costas das falsas amizades,
O convite daqueles que só chamam para mesa do bar
Com aquela felicidade vazia alimentada pelo álcool
E aqueles romances fugazes que só duram uma noite.
Dispenso as intrigas das fofocas,
E essas pessoas que estão mais interessadas
No que eu faço do que cuidar
Das suas próprias vidas patéticas.
Prefiro um bom vinho, um bom livro e uma música ambiente...
Prefiro sair sozinho e assistir como um mero observador
A vida que pulsa e se transforma a cada instante...
E contrariar o poeta de "Garota de Ipanema"
Dizendo que é bem possível ser feliz sozinho!
Yves Serrano
Recife,23/02/2017
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